Ainda que o desnível de altura entre o membro de carne e osso e o de pau reles seja acentuado, a sensação foi outra quando alcancei pôr-me de pé.
Para compensar esta mínima alegria que sentia, uma violenta trovoada abateu sobre a região. Sem resguardo, fiquei três horas consecutivas a apanhar com chuva na pinha.
Quando finalmente surgiu uma clareira, fastidiado pela tortura de água, pontapeei violentamente a rocha da gruta, com a perna de pau.
Nesse instante, encontrei o passaporte para a liberdade. A fricção do pau com a rocha molhada, deflagrou uma leve chama na ponta da perneta, com a qual consegui queimar a corda que me prendia.
Era tempo de apagar a chama na poça do lado e correr que nem um desalmado rumo ao bosque e ao retomo da viagem.
ADEUS BOLA DE PELO RANSOSA!
Joel, 27 de Setembro de 1970, rumo a Anarquim.
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